O Eritritol, um substituto para o açúcar – usado para adicionar ou temperar estévia e produtos com baixo teor de açúcar – tem sido associado a coagulação do sangue, derrame, ataque cardíaco e morte, de acordo com um novo estudo.
Assim como o sorbitol e o xilitol, o eritritol é um álcool de açúcar, um carboidrato encontrado naturalmente em muitas frutas e vegetais. Tem cerca de 70% do teor de açúcar e é considerado zero caloria, segundo especialistas.
De acordo com o diretor do Centro de Diagnóstico e Prevenção Cardiovascular do Cleveland Clinic Lerner Research Institute, Dr. Stanley Hazen, “o grau de risco não é moderado”.
Pessoas com fatores de risco existentes para doenças cardíacas, como a diabetes, têm duas vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco ou derrame se tiverem níveis mais elevados de eritritol ou sangue, segundo o estudo.
“Se o seu nível de eritritol não estiver entre os 25% superiores em comparação com os 25% inferiores, você terá um risco duas vezes maior de ataque cardíaco e derrame. Estão no mesmo patamar dois fatores de maior risco cardíaco, como o diabetes”, afirma Hazen.
Investigações adicionais em laboratório e em animais apresentadas no artigo revelaram que o eritritol parecia estar fazendo com que as plaquetas sangüíneas coagulassem mais facilmente.
Os coágulos podem soltar-se e chegar ao coração, causando um ataque cardíaco, ou para o cérebro, causando um derrame.
O diretor de prevenção cardiovascular e bem-estar do National Jewish Health, que não participou da pesquisa, disse que “isso, certamente, soa como um alarme”. Ele confirmou que parece haver sim o risco de coagulação ao usar eritritol, mas que outras pesquisas são necessárias, mas pode fazer sentido limitá-lo na dieta.
Já o Calorie Control Council, uma associação do setor, respondeu em nota que “os resultados do estudo são contrários aos de décadas de investigação científica que mostram que medicamentos com baixo teor calórico, como o eritritol, são seguros, conforme evidenciado pelas licenças regulatórias globais para seu uso em alimentos e bebidas”.
Porém, “os resultados não devem ser extrapolados para a população em geral, pois os participantes da intervenção apresentaram um risco aumentado de eventos cardiovasculares.”
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