O governador da Flórida, Ron DeSantis, reiterou nesta segunda-feira (23) a rejeição do estado a um curso nacional avançado de estudos afro-americanos, dizendo que ele promove uma agenda política – algo que três autores citados nas críticas do estado o acusaram de fazer em troca.
DeSantis disse que seu governo rejeitou o curso de Estudos Afro-Americanos de Colocação Avançada do College Board porque “queremos educação, não doutrinação”. Foi revelado na semana passada que o Departamento de Educação da Flórida disse recentemente ao College Board que barraria o curso, a menos que mudanças fossem feitas.
O estado então divulgou um gráfico na última sexta-feira que diz que o curso promove a ideia de que a sociedade americana moderna oprime os negros, outras minorias e mulheres, inclui um capítulo sobre “Estudos Queer Negros” que o governo considera inapropriado e usa artigos de críticos do capitalismo.
O governador disse que o curso viola a legislação apelidada de Stop WOKE Act, que ele assinou no ano passado. Ele proíbe a instrução que define as pessoas como necessariamente oprimidas ou privilegiadas com base em sua raça. Pelo menos alguns escritores citados pelo curso acreditam que a sociedade moderna dos EUA endossa a supremacia branca enquanto oprime minorias raciais, gays e mulheres.
“Este curso sobre história negra, sobre o que é uma das aulas? Teoria queer. Agora, quem diria que uma parte importante da história negra é a teoria queer? Isso é alguém pressionando uma agenda”, disse DeSantis, um possível candidato presidencial republicano em 2024.
O líder democrata da Câmara da Flórida, Fentrice Driskell, chamou a rejeição do curso pelo governo de “covarde” e disse que “envia uma mensagem clara de que a história dos negros americanos não conta na Flórida”.
O College Board, após uma década de desenvolvimento, está testando o curso de Estudos Afro-Americanos em 60 escolas secundárias em todo o país. Nenhuma escola ou estado seria obrigado a oferecê-lo após o lançamento programado.
Add Comentário